segunda-feira, 4 de julho de 2011

Clock Tower

As horas arrastam-se e rastejam, vagarosas por entre os imensos ponteiros que as julgam a cada segundo que se esvai. Como se o tempo se desenrolasse no mesmo ritmo das engrenagens enferrujadas, já cedendo ao peso dos anos, que preguiçosos acumulam-se uns sobre os outros.
De forma impiedosa e tirânica esse mecanismo simples que é o relógio, dita as vidas daqueles que insistem em segui-lo. Aqueles que passam sua existência existindo, entretanto não vivendo. Deixando que os longos ponteiros os escravizem, e suas setas digam quando devem agir, os acorrentando a si mesmos.
Não permita que a criação controle o criador, não viva a mercê do tempo, não prenda-se apenas a uma rotina. Como meros mortais um dia o amargo fim chegará, e mais ou menos horas; não importa, um reles relógio não nos dirá quando. Até lá nos resta usufruir do tempo da melhor forma o possivel, inovando os dias e não limitando-se ao girar das engrenagens, mas sim a nossa liberdade e mais doce capacidade, a de sonhar.

Um comentário:

  1. Rapaz, você escreve super bem, viu? Já estou te seguindo e te convido a passar pelo meu blog. É incomum achar algum homem que escreva para blogs, na verdade, uma boa parte das meninas que escrevem é sobre moda, roupas e etc e tal, o meu, particularmente, foge disso. Gostei do seu blog por isso, não que eu esperava que você falasse dessas coisas (risos), mas você é bem realista, na forma que a vida tem que ser. Enfim, parabéns pelo teu blog, ele ocupou bastante o meu tempo, não conseguir ler somente um texto.

    Beijos, se cuida.


    http://anestesiandoamente.blogspot.com/

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