As horas arrastam-se e rastejam, vagarosas por entre os imensos ponteiros que as julgam a cada segundo que se esvai. Como se o tempo se desenrolasse no mesmo ritmo das engrenagens enferrujadas, já cedendo ao peso dos anos, que preguiçosos acumulam-se uns sobre os outros.
De forma impiedosa e tirânica esse mecanismo simples que é o relógio, dita as vidas daqueles que insistem em segui-lo. Aqueles que passam sua existência existindo, entretanto não vivendo. Deixando que os longos ponteiros os escravizem, e suas setas digam quando devem agir, os acorrentando a si mesmos.
Não permita que a criação controle o criador, não viva a mercê do tempo, não prenda-se apenas a uma rotina. Como meros mortais um dia o amargo fim chegará, e mais ou menos horas; não importa, um reles relógio não nos dirá quando. Até lá nos resta usufruir do tempo da melhor forma o possivel, inovando os dias e não limitando-se ao girar das engrenagens, mas sim a nossa liberdade e mais doce capacidade, a de sonhar.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
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